TESTEMUNHO
Apoio a Distância
MUITOS PROJETOS, UM ÚNICO OBJECTIVO: SUSTENTABILIDADE
Testemunho de Dezembro 2021 – A Irmã Lisete foi a primeira pessoa com quem trabalhámos em Moçambique e, ao longo dos anos, desenvolvemos muitos projectos em conjunto
Conheci AGAPE em meados de 2000. Participei de uma missa na paróquia de San Maurizio Martire, nos arredores de Roma, e aí um grupo de voluntários apresentou a associação, contaram o que significa AGAPE no mundo e como trabalharam para mudar a sociedade em que vivemos. No final da missa, fomos convidados a conhecer todas as missões, mesmo as passadas, que a associação realizou interessei-me até porque uma das missões foi a “casa de família” em Foz do Iguaçu no Brasil, gerida em conjunto com a ordem das Irmãs Scalabrinianas, de que também sou membro. Aproximei-me e apresentei-me, contando-lhes que também conhecia bem aquela missão e fui apresentada ao Sr. Mário, que era um dos fundadores deste projeto. Lembro-me como se fosse hoje que o Sr. Mário ficou muito emocionado (com lágrimas aos olhos da alegria) ao saber que aquele projeto ainda resistiu e continuou o seu bom trabalho.
Terminei os estudos em Itália e voltei para o Brasil. A partir desse momento, as Irmãs Scalabrinianas que residiam em Roma começaram a falar cada vez mais com a AGAPE, através de visitas, diálogos e chegamos no final de um acordo de colaboração para a missão que a minha ordem realizou em Ressano Garcia, em Moçambique. Quando os preparativos foram feitos, as crianças e as irmãs, que estavam em missão no orfanato do Centro Scalabrini passaram a contar com o generoso apoio da associação. No final de 2004, o primeiro grupo de voluntários da AGAPE partiu para Moçambique. Ser missionário em África sempre foi o meu grande desejo, e no início de 2005 o grande sonho da minha vida tornou-se realidade: cheguei a essa mesma missão na fronteira com a África do Sul e a minha colaboração com ela começou também AGAPE.
Chegados lá, as crianças do orfanato e eu partilhámos momentos maravilhosos juntamente com a Glória e o Alberto, dois primeiros voluntários “moçambicanos” da associação: a abertura de um poço onde pudéssemos beber água limpa, a muitos presentes e gestos carinhosos são recordações que ficarão para sempre nos nossos corações. Há muitos anos que estive lá, pude sempre contar com o grande apoio da associação para desenvolver as nossas atividades com as crianças do orfanato e das comunidades próximas. A AGAPE sempre prestou muita atenção ao cuidado das crianças, mas não se ficou por aqui: realizámos juntos diversos projetos de proteção e sustentabilidade em Ressano Garcia e comunidades próximas, como um curso de costura para as mulheres da cidade, um curso artesanato para crianças e adolescentes, cujos produtos eram vendidos em Itália para angariar fundos para missão, ou ainda um projecto de microcrédito para ajudar os jovens a encontrar emprego. Activamos um curso para a formação de um grupo de jovens em carpintaria, sensibilizando para a utilização de materiais reciclados de forma a preservar o meio ambiente.
Um dos projetos mais importantes foi o workshop de teatro com jovens da comunidade, em que as obras trazidas para o palco refletiam os principais problemas sociais que a comunidade enfrenta diariamente, sensibilizando telespectadores sobre temas difíceis, como a corrupção, o tráfico de seres humanos e a imigração ilegal. O último projeto em que participei antes de regressar ao Brasil foi a sorveteria solidária que abriu em 2019, que ajudará tanto as crianças que poderão consumir alimentos saudáveis e nutritivos como os jovens que, no laboratório, poderão aprender um novo ofício.
Agradeço sinceramente à Ágape pelo apoio e compreensão que sempre demonstrou no desenvolvimento das atividades com as crianças e famílias das comunidades acompanhadas pelas Irmãs Scalabrinianas.
Irmã Lisete
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